Promotor
Casa Cadaval - Associação Festival Évora Clássica
Breve Introdução
A exposição de cerâmica contemporânea no Palácio Cadaval, em Évora, nasce da cumplicidade de duas irmãs: Diana e Alexandra de Cadaval. Conhecedoras da minha paixão por este ofício do fogo, propuseram-me que assumisse a curadoria da exposição. O meu entusiasmo com a oportunidade de me apropriar do palácio foi partilhado com 35 artistas de várias nacionalidades, todos eles conscientes da importância de estarem representados num país com tanta tradição nesta arte como Portugal. A igreja do Palácio Cadaval, totalmente revestida por azulejos seiscentistas, é uma obra-prima dessa forma de arte.
Processo alquímico milenar, a transformação envolve os quatro elementos: água, ar, fogo e terra. A terra, sem a qual o homem não pode satisfazer as suas necessidades básicas de comida e bebida, é transformada em objetos utilitários que têm acompanhado as civilizações ao longo dos tempos, deixando a sua marca na arte sagrada e profana.
No século XX, artistas como Picasso, Miró, Fontana ou Vieira da Silva enobreceram este material considerado «pobre» através do seu génio artístico. Graças a eles, a cerâmica decorativa tornou-se numa forma de arte por direito próprio. As suas obras ecoam as palavras de Adolf Loos em 1909: «Os objetos que ostentam a marca criativa do seu mestre conservam sempre o seu valor.»
Para esta exposição, rodeei-me de três amigos: Terry de Gunzburg, colecionadora e mecenas; Antonine Catzeflis, extraordinária descobridora de talentos; e Louis Lefebvre, especialista em cerâmicas antigas e contemporâneas. Alexandra de Cadaval confiou a cenografia ao seu amigo Cyrille Martin.
Muitos artistas sentiram-se inspirados pela exposição para criar uma obra de arte original para este lugar histórico.
Cada um deles conhece este deslumbramento da terra que ganha forma e vida. Esta ligação é um diálogo entre o artista e a terra.
Escutemo-los...
- Bilhetes de Grupo disponíveis no local (consultar as condições no Website da Exposição Obrigada à Terra)